O QUE É?

Trata-se de uma desordem benigna, caracterizada por placas amareladas tipicamente localizadas em região peripalpebral, especialmente em canto interno dos olhos e pálpebras superiores, sendo a forma mais comum de xantoma cutâneo. Apresentam tendência para progredir e coalescer, com caráter permanente.
Etiopatogenia: São decorrentes do acúmulo de gordura dentro dos histiócitos, conhecidos como histiócitos espumosos, localizados principalmente em derme reticular superior. O principal componente acumulado é o colesterol, que na sua maior parte é esterificado. Em 50% dos pacientes, níveis séricos normais de colesterol são encontrados. A principal associação é com hipertrigliceridemia, encontrada em 50% dos casos. 

EPIDEMIOLOGIA

Tem discreta predominância no sexo feminino. Têm pico de incidência entre a quarta e quinta década de vida.

QUADRO CLÍNICO

Caracterizam-se por placas amareladas em região peripalpebral, especialmente em canto interno do olho e pálpebras superiores. O caráter é progressivo e tendem a coalescer. O diagnóstico é clínico.

TRATAMENTO

Baseia-se primariamente em restrição dietética e controle farmacológico lipídico caso necessário. A resposta estética do xantelasma é limitada com tratamento isolado da dislipidemia. Inúmeras opções terapêuticas para tratamento estético do xantelasma estão disponíveis, como excisão cirúrgica com sutura primária, eletrocauterização, laser fracionado, crioterapia, dermoabrasão, cauterização química.

Eletrocauterização e criocirurgia podem destruir lesões superficiais, mas requerem repetidos tratamentos. Lasers ablativos, como o CO2 são opções para xantelasmas localizados, e sem envolvimento de musculatura.
Para casos de xantelasma difuso, acometimento de derme profunda e/ou músculo, a remoção cirúrgica estaria melhor indicada.
Recorrência é comum em todos os tratamentos, com taxa de recidiva de cerca de 40%.